Veja alguns trechos:
A seguir, analisemos alguns dos argumentos dos que defendem o culto a Maria e os títulos a ela atribuídos.
1) “Todas as gerações me chamarão bem-aventuradas” (Lucas 1.48).
Esta declaração é apresentada como justificativa ao culto a ela prestado. Contestação – Segundo o Dicionário Aurélio, “bem-aventurado” quer dizer muito feliz. É também a situação “daquele que, depois da morte, desfruta da felicidade celestial e eterna”. É sinônimo de santo. Jesus chamou de bem-aventurados os pobres de espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os pacificadores, e os que sofrem perseguição por causa da justiça (Mateus 5.3-10). Em Salmos 112.1, lemos: “Bem-aventurado o homem que tema ao Senhor, em seus mandamentos tem grande prazer”. Em Apocalipse 20.6: “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição”. Jesus disse: “bem-aventurado és tu, Simão Barjonas [Pedro], pois não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus” (Mateus 16.17). Outras referências: Salmos 1.1; 2.12; 32.1; 106.3; 119.1; 146.5; Mateus 24.46; Apocalipse 22.7.
Como se vê, bem-aventurados somos todos nós que seguimos a Jesus. Todavia, tal felicidade não nos confere o direito de sermos adorados ou cultuados, quer em vida, quer na morte. A bem-aventurança que asseguramos em vida, pela aceitação do senhorio de Jesus, se estende por toda a eternidade. O fato de a santa Maria haver sido chamada de bemaventurada não significa uma doutrina, mandamento ou ensino para lhe prestarmos culto. Note-se que Isabel, sua prima, declarou que Maria era “bendita entre as mulheres” (Lucas 1.48), e não “bendita acima das mulheres”.
2) “Fazei tudo o que ele vos disser” (João 2.5).
Esta palavra de Maria tem sido muito usada pelos romanistas para justificar a crença da intermediação entre Maria e Jesus. A partir daí, ensinam que o Filho jamais negará um pedido de sua mãe. Contestação – Não vejo aí nenhum motivo para colocar Maria na posição de mediadora a quem Jesus atenderá sempre. Se a declaração fosse de Jesus, ordenando que os serviçais obedecessem à sua mãe, até que poderíamos refletir melhor. Mas não foi assim. Maria, vendo que Jesus estava disposto a operar o milagre da transformação da água em vinho, disse aos empregados que seguissem à risca suas instruções. Só isso e nada mais do que isso. Se o desejo é espiritualizar a fala de Maria e trazê-la para os dias atuais, nada melhor do que obedecermos a vontade de Jesus, que disse: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás”. (Mateus 4.10). Logo, por este mandamento, Maria está excluída de qualquer espécie de adoração e culto. Portanto, atendendo a Maria, façamos o que Jesus ordenou. Observemos também que a santa Maria, ao transferir o problema para Jesus, mostrou-se incapacitada de operar qualquer milagre. A “Mãe de Deus” não teria poderes para transformar água em vinho? Naquela época ela ainda não era mãe de Deus? Só passou a sê-lo após sua morte?
3) Maria é a nossa mãe espiritual, porque Jesus a entregou aos cuidados de João.
Contestação – Jesus, já prestes a falecer, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho”. E ao discípulo a quem amava, disse: “Eis aí tua mãe”. “E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa” (João 19.26-27). Em resumo, Jesus entregou sua mãe aos cuidados do querido discípulo João. Jesus deu exemplo de amor filial, lembrando-se de sua mãe num momento de grande agonia. A intenção dele não foi elevar sua mãe à posição de mãe espiritual da humanidade. Desejou apenas que ela não ficasse desamparada na sua velhice. Se agiu assim, havia motivos para que o amparo de sua mãe não ficasse confiado apenas aos seus irmãos mais jovens (Mateus 13.55-56).
4) Maria é mãe de Deus porque Jesus é Deus e ela é mãe de Jesus
Contestação – Se válido esse raciocínio, poderíamos afirmar que Deus é filho de criação ou filho adotivo de José. Ou José seria padrasto de Deus? Maria foi um instrumento usado por Deus, na consecução do Seu plano de salvação para o homem. Nessa concepção, ela foi mãe do Jesus homem, mas nunca o foi do Verbo Eterno, do Deus Filho. Como Pessoa da Trindade, Jesus sempre existiu. Veja. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (João 1.1,14). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que enviou o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). “Porque Deus ENVIOU seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (João 3.17). Esses versículos falam da divindade de Jesus e, claro, da Sua eternidade. O Verbo que é Deus não se originou em Maria, mas em Maria se fez carne. A criatura não pode ser mãe do Criador, do Senhor e Juiz dos vivos e dos mortos. O finito não pode gerar o infinito. Aquela que foi criada não pode gerar o incriado.
5) Maria, na qualidade de mãe de Jesus, é co-redentora
Contestação – A palavra de Deus não eleva Maria à condição de igualdade com o nosso Salvador. O Redentor é Jesus,e como tal Ele foi esperado: E virá um redentor a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Isaías 59.20).Não se lê que paralelamente viria uma Redentora ou uma ajudante-do-Redentor ou uma co-Redentora. A santa Maria não recebeu a mesma missão de Jesus, tal como definido em Lucas 4.18 e Isaías 61.1-2. Ademais, Maria não poderia ser salvadora e ao mesmo tempo precisar de salvação. Leiam mais uma vez: “Disse, então, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu
espírito se alegra em Deus, MEU SALVADOR, porque atentou na humildade de sua SERVA…” (Lucas 1.46-48, com realce de minha parte). Já o nosso Salvador Jesus Cristo nunca se dirigiu ao Pai declarando-se necessitado de salvação. Quando a santa Maria fez esta oração, com plena convicção e segurança, ela igualou-se a todos os homens e mulheres herdeiros da natureza pecaminosa originada na desobediência de Adão e Eva. Nivelou-se a todos os mortais. Jesus não pensava diferente. Quando alguém lhe disse que sua mãe e seus irmãos “estão lá fora e querem falar-te”, Ele respondeu: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mateus 12.47-50). Em Lucas 8.21, a resposta de Jesus está assim: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam” (veja também Marcos 3.35). Somente são membros da família de Deus os que ouvem e obedecem a Palavra de Deus. Jesus ressaltou aqui a necessidade de fé obediente, necessidade esta a que estavam sujeitos, também, sua mãe e seus irmãos. “Quando recebeu o recado do lado de fora, Jesus respondeu de uma maneira que não desprestigia, nem por um momento, a santidade das relações familiares. Ele asseverou que os laços que unem espiritualmente a família de Deus são mais seguros e mais preciosos,pois se baseiam na obediência à vontade divina” (O Novo Comentário da Bíblia, 1990, Edições Vida Nova). A Trindade é soberana, auto-suficiente, onipresente, onisciente, onipotente, imutável e eterna Não precisa, portanto, do auxílio de santos falecidos para executar seu plano de redenção. Na história contada por Jesus, conforme Lucas 16.19-31, os santos Lázaro e Abraão não se sentiram em condições de prestarem qualquer assistência aos irmãos do rico, que estava em tormentos. Abraão não acenou nem com a hipótese interceder por eles, mas indicou o caminho mais seguro: ouvir a Palavra de Deus. Ouvir e obedecer. Obedecer e permanecer.
6) Veneramos a imagem de Maria como alguém que venera os retratos de familiares falecidos.
Contestação – Esse argumento é um dos mais ingênuos. Ninguém em sã consciência adota os seguintes procedimentos com relação às fotografias de seus familiares falecidos: não as carrega em procissão; não canta louvores diante delas; não se ajoelha aos seus pés,nem na sua presença faz inclinação com o corpo em sinal de reverência; não faz qualquer pedido a esses mortos, salvo se numa sessão espírita; não usa essas fotos como amuletos, para alcançar algum benefício espiritual ou material. Por isso, o uso que fazemos dos retratos de entes queridos é completamente diferente do uso que os católicos fazem das imagens dos santos.
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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
A Verdade sobre Maria
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